O autismo pode manifestar-se desde um grau mais leve até o severo e pode estar associado a outra síndrome,como por exemplo: Sindrome de Asperger , que é considerada um autismo com a inteligência preservada.
Os autistas são indivíduos fisicamente normais,muitos tem a inteligencia preservada e tem memória acima do normal.
Os principais comprometimentos são na linguagem, na sociabilização e na imaginação.Suas ações, tanto na interação social , linguagem e no brincar são feitas de forma repetitiva.Muitas vezes pode até gerar falsas interpretações, como por exemplo uma criança autista que costuma abraçar, mexer nos cabelos e nas roupas de uma pessoa ,não está se relacionando de forma afetiva e sim seguindo um padrão repetitivo, sem significado para ela.
O primeiro registro sobre o autismo surgiu em 1943, por Leo Kanner. Após estudos, Kanner concluiu que os indivídous não estabelecem relação normal com outras pessoas ou situações; apresentam atraso na fala e não usam a fala para se comunicar;não toleram mudanças de ambiente e nem sons fortes.
Um bebê considerado "normal" costuma prestar mais atenção em pessoas do que em objetos quando estimuladas, dá-se a partir dessa interação com o seu meio o seu desenvolvimento normal.
Um bebê com autismo fica atento tanto ás pessoas quanto aos objetos, na mesma proporção, por isso apresenta um atraso no desenvolvimento.
As causas do autismo até hoje são estudadas,porém existem algumas teorias como: alterações na estrutura do cerebelo, fatores relacionados e estrutura familiar e alterações psicológicas , doenças orgânicas que ocorrem durante a gravidez etc.
Alguns dizem que o autismo é Inato, isto é, a criança já nasce com predisposição á manifestar o autismo. Já que até os 30 meses a criança pode ter um desenvolvimento normal e manifestar os sintomas após esse período.
Existe um "rótulo" de que criança autista não brinca e isso não é verdade,ela possui uma forma de brincar diferente da criança consideradas "normal". Suas brincadeiras costumam ser esteriotipadas e ritualizadas.
O que é normal em uma brincadeira de criança como : imitações , criatividade. o contar histórias (faz de conta), fazer uso do simbólico etc.
Na criança autista essa capacidade existe,porém aparece em crianças mais velhas e com a ajuda de outra pessoa,pois há a dificuldade na flexibilidade , no inventar, na motivação. Isso tudo não quer dizer que essa criança não é capaz de participar de uma história inventada por ela, usar um cabo de vassoura para representar um cavalo,por exemplo. Isso é totalmente possível na brincadeira de uma criança autista,mas pra isso ela precisa de uma outra pessoa que conduza a brincadeira com ela.
Alguns tem fixação por texturas ou formas de um objeto e outros com uma inteligência mais preservada,muitas vezes ficam fixados em um determindo assunto incomun para sua idade.A partir de informações desse tipo uma brincadeira pode ser construída.
Em relação á linguagem o indivíduo autista pode ir do mutismo até uma linguagem sem função comunicativa. Existe toda a estrutura orgânica formada e propensa á aquisição da linguagem, porém a criança não usa esta linguagem no seu dia-a-dia, apresenta apenas manisfestações verbais como repetição de palavras ou frases soltas. Muitas vezes reproduz aquilo que foi dito com o mesmo tom e entonação de voz da pessoa que disse aquela frase e costuma referir a si mesmo na terceira pessoa.
Observando todas essas características do indivíduo autista , podemos chegar a conclusão que o trabalho da Fonoaudiologia nesses casos é trabalhar a linguagem como forma de comunicação, independente do tipo de linguagem,pois cada indivíduo é trabalhado de uma forma diferente (gestos,comunicação alternativa, linguagem oral etc. ) , cabe ao profissional oferecer possibilidades e concluir aquela que mais se encaixa para aquele indivíduo.E o trabalho com a linguagem acaba englobando a brincadeira, o simbólico e a relação interpessoal, através de brincadeiras onde o profissional pode entrar no mundo desse indivíduo,comentando, trazendo novas possibilidades, usando o simbólico e trocando novas experiências.
Em alguns casos, pode parecer um trabalho "frustante" a princípio pela resistência do paciente, pelos resultados que demoram a aparecer, porém é importante a persistência e a abertura de novos horizontes. Muitas vezes precisamos de um leque de possibilidades, de vários caminhos a seguir para encontrar o meio mais correto de chegar no mundo do indivíduo autista, lembrando que apesar de chegar até você com esse rótulo "austista" ele é um ser humano, diferente de qualquer outro, que trás consigo uma história de vida, uma família diferente e um modo de lidar com o mundo totalmente diferente de qualquer outro e,por isso merece atenção especial.
meu bebê também tem um mundo só dele ...
ResponderExcluirGostei muito dessa informçâo
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